CAPÍTULO 10
(...)
Em
uma de suas mãos estava um envelope azul... O que seria?
Quem
sabe algo sobre o Jay...
– O
que é?
Pamela
veio em minha direção, entregando-me o envelope:
–
Faça bom proveito disso, porém... Tome cuidado.
Assim
que ela saiu dei uma olhada no envelope e vi que não era nem um recado de Jay
ou de qualquer outra pessoa.
Mas
sentia que era algo bom:
–
Eba! Libras! – comemorei – Ai como sou top! – disse toda boba.
Só
Deus sabe como sofri para ter aquele dinheiro e cá estava eu, toda boba por ter
1.900 libras.
Com
todo aquele dinheiro saí do quarto, indo para a sala, onde estavam todas as
meninas conversando animadamente.
Normalmente
não saía do quarto de dia, logo elas ficaram surpresas em me ver ali.Mordi uma
maçã e disse:
–
Que foi? Vamos comemorar, temos dinheiro! Toda sorriram, assim como eu.
– Ok
novinha, vamos curtir! – uma garota linda, de cabelos loiros, lisos e longos, e
de corpo magro, falou. Tinha a maior cara de puta (SO ACHO) e deu um grande
sorriso – E vamos fazer umas comprinhas bobas! Até porque, 1.000 libras não dá
para muita coisa. – logo revirou os olhos, incomodada.
Como
assim?
Sempre
recebíamos a mesma quantia, mas dessas vez as outras estavam com 1.000 e eu com
1.900?
Estranhei,
mas preferi ficar calada, guardando o assunto para comentar com Pamela
depois.Dei um sorriso e falei:
Não,
desculpa, mas não posso fazer compra agora. Quem sabe outro dia! Preciso voltar
a dormir, porque estou morta de sono! Mas antes disso... Vocês viram a Pamela?
–
Não, não. – respondeu uma negra de cabelos cacheados, de bunda e seios fartos,
típica africana.
–
Ah, então valeu meninas. Se vocês a verem, podem pedir para que ela passe em
meu quarto?
–
Claro, digo sim... Camila, não é?- Sim, Camila. E o seu?
–
Zaila. – disse a negra, que era perfeita, fiquei admirada com o seu corpo, mas
enfim... – Aquelas são Larissa, Daiana, Mercedes, Juliana, Amanda, Nayara e tem
a Alika. Só que essa última deu uma saidinha, depois você a conhece, não
faltará oportunidade. Ah, ela é tailandesa! Não duvido nada que já tenha visto
dançando no bordel. Tem os cabelos lisos e pretos iguais aos seus.
–
Provavelmente já devo ter visto. – fiz um rosto pensativo – Desculpe, mas não
saio muito do quarto, estou tentando me acostumar com essa vida.
–
Sem problema, querida. Todas nós sabemos como é difícil. – disse Daiana, uma
ruiva de pele clara – Ainda mais eu que tive que me acostumar a ficar com homem
e mulher – então riu – Porém eu adoro fazer sexo a 3, com um homem e uma
mulher, ou duas mulheres e um homem... Opa, pera! Acho que falei demais!
Todas
riram da amiga.
–
Ai, vocês são realmente engraçadas! Mas agora infelizmente preciso voltar e me
deitar, aproveitar enquanto a Pamela não vem me ver. Até logo, meninas!
–
Tchau, delícia! E quando dizem que as brasileiras são gostosas, não estão mentindo
mesmo! – disse Daiana, com uma cara totalmente sexy.
–
Obrigada, eu acho...
–
Camila, se acostume. – falou Nayara, lixando as unhas – Você não viu nada da
tarda da Daiana. Ela dá em cima de todo mundo, tentou me conquistar uma vez,
porém eu gosto mesmo é de um bom órgão sexual dos indivíduos masculinos!
Mais
uma vez todas caíram na gargalhada.
–
Nossa, Nayara! Falando assim até me assusta, chamando "rola" de órgão
sexual dos indivíduos masculinos! – brincou Amanda.
–
Gente, agora é sério, vou para o quarto porque eu sei que se ficar aqui, não
vou parar de ri com vocês. Então tchau, meninas!
–
Tchau, gostosa.
SIM,
foi a Daiana que disse isso.
Logo
voltei para o quarto, onde deitei e fiquei esperando Pamela, que passou por lá
após uns 20 minutos.
–
Pode entrar.- Oi, disseram que quer falar comigo.
–
Sim, coisa simples... Gostaria de saber por que recebi mais que as garotas?
–
Nossa, você está reclamando por que ganhou mais? Quando dizem que você é
diferente, não estão enganados, mas... Enfim – ela foi andando até a janela, e
observando a rua, prosseguiu – Camila, você é nova, linda, sexy, brasileira...
Os homens adoram essas características, acabam pagando mais. Tiramos nossos 55%
e te demos o resto. Esse seu primeiro mês nos deu muito lucro e apenas
retribuímos.
–
Mas as meninas sabem disso?
–
Não, elas não sabem e se descobrirem fará da sua vida um inferno. Elas não
ligam para amizade, basicamente se importam com o dinheiro. Logo... Isso deve
apenas ficar entre nós, ok?
–
Tudo bem então. Pamela, tenho que dar uma saída, ir a um lugar que me fez muito
bem ontem, um parque e tal. Então vou ficar lá um pouco, observando Londres,
certo?
– A
vontade, querida. Só não chegue tarde.
–
Não vou chegar, não se preocupe.
–
Então bom passeio. Até mais!
–
Até.
Logo
ela saiu do quarto.
Tirei
a roupa e me preparei para um banho, debaixo do chuveiro comecei a me lembrar
de ter visto Nathan no chuveiro e não resistindo, comecei a massagear meus
seios, só imaginando aquela bundinha branquinha, aquele corpo de menino, porém
muito gostoso. Minha mão foi descendo até a minha intimidade, fiquei ali, numa
tentação de fazer algo, mas logo parei. Nath não mereceu isso e nunca precisei
me masturbar, então não o faria agora.
Saí
rapidamente do banho, para não pensar mais no... Assunto.
No
telefone disquei o número de Dona Elizabeth:
–
Oi, Elizabeth, tudo bem?
–
Oi, querida! É você, Camila? Só pode ser você, até porque, ninguém me liga! –
ela riu sozinha.
–
Sim, sou eu... Estou ligando para confimar do nosso chá hoje a tarde. Está de
pé ainda?
–
Claro! Pode vir, ok? Meu neto preguiçoso foi jogar bola e só volta mais tarde
mesmo.
–
Ótimo! Então até mais, Elizabeth.
–
Até, minha filha.
Tratei
de me maquiar e me trocar, colocando um short jeans e uma camisa com a estampa
da Mulher Maravilha, uma corrente dourada de crucifixo e uma sapatilha bege.
A
maquiagem estava bem leve, até porque estava um lindo de dia sol em Londres,
logo não exagerei no make up.
Saí
do bordel, as meninas não estavam mais lá, menos mal, pois não queria que
ficassem me perguntando para onde ia.
Chegando
ao prédio de Elizabeth, me deparei com o idiota que havia me acertado com a
bola saindo da área residencial.Estava lindo, assumo, mas ele não viu... Ainda
bem.
Continuando
a seguir o endereço, cheguei ao apartamento de Elizabeth:
Toc
toc
–
Camila, querida! – a senhora deu um belo sorriso ao abrir a porta – Que bom que
veio! Entre, vamos tomar o chá.
–
Claro que viria para fazer-lhe companhia, principalmente a senhora sendo tão
simpática! – sorri docemente, enquanto adentrava o local.A decoração era bem
leve, clean, de estilo oriental, como muitas fotos, além de peças do mundo
todo.
Admirando
a sala, fomos para a cozinha tomar nosso chá e falar sobre a vida.Em meio a
conversa, uma porta se abriu. Logo comentei:
–
Beth, acho que alguém está entrando aqui.
–
Deve ser o vagabundo do meu neto. Talvez ele tenha vindo pegar algo. Deixe-me
ver.
–
Certo, vou ficar te esperando.
–
Não, venha... Vou apresentar vocês dói... – nem mesmo deu tempo de Elizabeth
terminar de falar.Alguém gritou:
–
Vó, cadê o meu meião azul do Chelsea?
– Já
vai menino! E não grite, estamos com visitas!
De
repente um garoto entra na cozinha e:
–
Quem é... Você?
Quando
percebi, quem estava ali, na minha frente, era o idiota, o demente, o imbecil
que deu a bolada!O retardado era neto de Elizabeth?
–
Esse é o seu neto? – comentei meio assustada, pois precisava ter certeza.
Era
o demente ,idiota ,jumento que chutou a bola em mim , Sim ele era o neto do
Elizabeth fiquei de besta com a situação .
–Oi
e como assim ele e seu neto Elizabeth?
Sem
entender nada, a senhora falou:
–
Sim, é ele e... Pelo visto vocês já se conhecem, não é?
–
Sim, vó. Sem querer acertei a bola na cabeça dela ontem. Mas não foi de
propósito. Nem mesmo me deixou ajudá-la, saiu sozinha. Foi mal aê. – disse o
garoto, pegando em minha mão e olhando em meus olhos.
E
que olhos!
Verdes
e lindos.Parecia um deus grego...
–
Tudo bem, aceito o pedido de desculpas. Mas tome cuidado, poderia ter sido uma
criança, por exemplo.
–
Phillip, você não toma jeito mesmo, não é? Sabe, Camila... Já falei para ele
tomar cuidado, mas desde criança que é assim: não pode ver uma bola e sai
chutando! Perdi vários vasos aqui em causa por sua culpa.– a senhora falava com
a mão na cabeça, olhando o neto – Agora vou lá pegar o seu meião, que guardei
em sua gaveta. Mas pelo jeito você já deve ter tirado do lugar e nem se lembra!
Já volto, Camila.
–
Ok. – confirmei enquanto me levantava e colocava a xícara vazia na pia.
De
costas, alguém sussurrou no meu ouvido:
–
Acho que não nos apresentamos corretamente... Já que me desculpou, podemos
conversar como pessoas normais, não é?
OMG!
O
que era aquela voz?Quase tive um orgasmo só de ouvir.
Me
virei e vi que ele estava atrás de mim, com a cabeça inclinada para frente,
deixando-me frente a frente com o seu rosto.
Logo
tratei de sair de perto, voltando para a mesa e dizendo:
–
Bem, meu nome é Camila, prazer.
– Oi
Camila, o meu Phillip e... É ótimo te conhecer, porém o prazer é só na cama. –
sorriu sacanamente.
–
Nossa, você é bem direto.
–
Ainda não viu nada...
–
Aqui está seu meião, querido. – disse Elizabeth, cortando o que seu neto ia
falar – Ele já está te assustando, Camila?–Comentou a senhora, sorrindo da cara
do rapaz.
–
Nossa, vó! Muito engraçada você, mas só me apresentei para ela ainda. – deu
ênfase na última palavra, que ignorei.
–
Ele está tranquilo, Beth.
–
Viu só? As vezes sou um garoto normal.
–
Vai saber, não é? Agora me diga, vai jogar bola ou não? Qualquer coisa eu
arrumo um chá para você tomar e ficar conversando com a gente.
–
Não, chá é coisa de veado. Vou indo que os meninos estão me esperando.
–
Elizabeth, na verdade preciso ir também, pois já passei da hora. Preciso passar
em umas lojas e comprar umas coisas. Desde que cheguei não tive tempo para
fazer isso.
–
Você não é daqui... Tem rosto e sotaque de... Ei, você é brasileira? – disse
Phillip, embolando as meias nas mãos e fitando-me com seus olhos verdes
.-
Sim, acertou! Sou do Brasil. – sorri – Enfim, vou indo Elizabeth. Venho outro
dia, pode ser?
–
Claro, querida! Venha mesmo, adoro a sua companhia. É bom ter alguém por aqui
enquanto a minha neta não chega da viagem. Ah! Ela já volta na sexta! – a
senhora disse animadamente.
–
Vovó, hoje é sexta. – informou o garoto.
–
Que? HOJE É SEXTA?– Elizabeth se assustou, e me segurei para não rir.
–
Oh, querido, você terá de ir pegá-la no aeroporto de 20h!
–
Nem lembrava mais! – ele deu de ombros – Vou jogar mais um pouco e depois venho
me arrumar par ir buscá-la. Agora tchau vó e... Camila, você quer que eu te
acompanhe até a saí do prédio?
–
Sim, vamos!
Fui
até a sala, onde peguei minha bolsa.Despedi-me carinhosamente de Beth e saí com
Phillip.
Até
lá ele foi muito simpático.
–
Então, faz quanto tempo que está aqui? Você tem namorado? Trabalha?
–
Quantas perguntas! Mas como sou legal, vou respondê-las. Faz 1 mês que estou
aqui e não, não tenho namorado. E trabalho.
–
Certo... Ah, você é muito gata, sabia?
–
Valeu! Agora tchau, preciso ir ou me atraso e bem, vamos para lados opostos.
–
Tchau! –
Phillip
aproveitou minha distração, pegando-me pela cintura e dando um pequeno beijo no
canto da minha boca.
Confesso
que fiquei surpresa, porém adorei e não fiz nada contra.Pensativa, saí daquele
lugar.
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